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Blog para apoiadores da pesquisa sobre história e contexto da criadora da Eutonia 

Por Débora Oliveira

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O arquivo pessoal de Gerda Alexander

Em Copenhagen (Dinamarca), tive acesso ao arquivo pessoal de Gerda Alexander. O conteúdo está protegido por sigilo de 70 anos após a morte de Gerda (até 2064!), mas imagino que nem todo o conteúdo seja de fato sigiloso. Vou descobrir isso em breve com uma das Eutonistas daqui.


Então compartilho com vocês algumas observações minhas do material.



O material está guardado no Rigsarkivet, o Arquivo Nacional da Dinamarca. Para ter acesso, é preciso reservar com pelo menos 3 dias úteis de antecedência pela internet (eles abrem apenas de terça a sexta-feira). São 87 pacotes no total, e é possível reservar apenas 40 de cada vez. Cada remessa fica disponível por uns 3 dias na sala de leitura. Como eu só teria 5 dias para a pesquisa, entrei em contato com eles um mês antes pedindo acesso aos 87 pacotes, e posso dizer que eles deram uma agilizada na burocracia para me atender. Uma equipe bem generosa!



Encontrei muita, mas muita coisa mesmo. Documentos, cartões postais, fotos, muita coisa da vida privada de Gerda. Muitas cartas de alunos, fichas de inscrição, organização financeira, questões administrativas da Escola. Foi muito emocionante, mas ao mesmo tempo muito desgastante. Cada papel estava em uma língua diferente: alemão, dinamarquês, francês e inglês!


Uma coisa que achei muito legal é que tem muitos flyers e reportagens de jornais da época. Dá pra sentir que Gerda foi acompanhando as descobertas médicas sobre o corpo ao longo do século XX, a escola de Rítmica e também o desenvolvimento em educação musical e de movimento na Europa. Ela participava de muitos congressos, como palestrante e também como participante.



A sensação que fiquei é que o material precisa de catalogação. Não sei como foi esse processo de arquivamento, mas ele não está organizado nem por data nem por temas. E também tive a clareza que essa pesquisa vai demandar mais esforços. Esse primeiro encontro com o material foi mesmo um mapeamento (um inventário como fazemos em Eutonia?). Seria necessário aulas de dinamarquês e alemão, ou o trabalho em conjunto com um tradutor. Assim, numa primeira vez, me parece material para 2 a 3 anos de pesquisa. Algo que demandaria bastante investimento. O desafio seria conseguir financiamento ou um fundo de pesquisa para esse segundo passo. Na Alemanha há mais possibilidade porque eles tem muitos fundos públicos e privados para pesquisa em arte e cultura. Talvez por lá!


(Logo mais posto mais sobre Copenhagen :) )




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